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2012 - Livro Vermelho 2013

Begonia fruticosa (Klotzsch) A.DC. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 20-08-2012

Criterio:

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída encontrada em florestas úmidas da Bahia ao Rio Grande do Sul. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira, a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Begonia fruticosa (Klotzsch) A.DC.;

Família: Begoniaceae

Sinônimos:

  • > Trendelenburgia fruticosa ;
  • > Begonia splendens ;
  • > Begonia castaneifolia ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita originalmente em Fl. Bras. 4(1): 377 1861.A espécie pode ser caracterizada por apresentar folhas elípticas, inflorescências pequenas e flores branco-amareladas (Kollmann, 2006). Em estudo realizado na Reserva Ecológica de Macaé de Cima foram observadas variações na lâmina foliar da espécie, um grupo de indivíduos apresentou folhas com cerca de 7 cm de comprimento e dois de largura com coloração vinácea na superfície abaxial da lâmina foliar, já o outro grupo de indivíduos apresentou folhas com 4 cm de comprimento e 1,2 de largura, concolores (Jacques, 1996).

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (Jacques, 2012) e Bahia (Kollmann, 2012).

Ecologia

Espécie liana ou subarbusto escandente, monóica, floração maio, julho a setembro e novembro, polinização ocorrendo através de insetos e frutificação de setembro a dezembro, com dispersão de sementes pelo vento (Jacques, 1996; Breier, 2005; Mamede et al., 2012), ocorre em Floresta Ombrófila Densa Montana, Submontana e Alto-Montana próximo a encostas ou em depressões e fundos de vales e grotas em solos pedregosos (Smith; Smith, 1971; Silva;Mamede, 1992; Jacques, 2012).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU). Lista vermelha da flora Rio Grande do Sul (COSEMA-RS, 2002).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie é comum na área da Estação Biológica de Santa Lúcia, Espírito Santo (Kollmann, 2006). Possui registros de ocorrência na reserva Biológica Duas Bocas, Espírito Santo (Kollmann, 9449 HSJRP), no Parque Nacional do Forno Grande, Espírito Santo (Kollmann, 7200 HSJRP).

Referências

- JACQUES, E.L. Begoniaceae in In Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <>. Acesso em: 29 Maio 2012.

- JACQUES, E.L.DE LIMA, M.P.M.; GUEDES-BRUNI, R.R. (ORG). Begoniaceae. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1996. 93-133 p.

- SILVA, S.J.G.; MAMEDE, M.C.H.MELO, M.M.R.F.; BARROS, F.; CHIEA, S.A.C.; WANDERLEY, M.G.L.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; KIRIZAWA, M. (EDS). Begoniaceae. São Paulo, SP: Instituto de Botânica, 1992. 27-36 p.

- KOLLMANN, L.J.C. Begoniaceae da Estação Biológica de Santa Lúcia, município de Santa Teresa, Estado do Espírito Santo, Brasil. Bolétim Museu de Biológia Mello Leitão, v. 20, p. 07-25, 2006.

- TIAGO BÖER BREIER. O epifitismo vascular em Florestas do Sudeste do Brasil. Tese de Doutorado. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 2005.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

- YOUNG, C.E.;GALINDO-LEAL, C.;CÂMARA, I.G. Causas socioeconômicas do desmatamento da Mata Atlântica brasileira. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 103-115 p.

- SMITH, L.B.; SMITH, R.C.REITZ, P.R. (ED). Begoniáceas. Itajaí, SC: Conselho Nacional de Pesquisas; Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal; U.S.National Science Foundation; Herbário Barbosa Rodrigues, 1971.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- MAMEDE, M.C.H.; SILVA, S.J.G.; JACQUES, E.L.; ARENQUE, B.C.WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; ROMANINI, R.P.; MELHEM, T.S.; SHEPHERD, G.J.; GIULIETTI, A.M.; PIRANI, J.R.; KIRIZAWA, M.; MELO, M.M.R.F.; CORDEIRO, I.; KINOSHITA, L.S. (EDS). Begoniaceae. São Paulo, SP: Instituto de Botânica, Fapesp, 2012. 73-115 p.

Como citar

CNCFlora. Begonia fruticosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Begonia fruticosa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 20/08/2012 - 18:50:01